A Lisboat está a ajudar a monitorizar a qualidade da água do rio Tejo através de uma colaboração com investigadores da Universidade de Lisboa. A parceria está ao abrigo do projeto CERTO (Copernicus Evolution – Research for harmonised and Transitional water Observation), uma iniciativa da UE para estudar os estuários de vários rios europeus.
Para isso, a estudante de doutoramento Giulia Sent aproveitou os barcos da companhia para instalar radiómetros, aparelhos que registam a assinatura espectral da água. Estas medições são vitais para determinar a concentração de microalgas ou sedimentos presentes na água.
Os chamados radiómetros So-Rad têm três sensores que medem a luz solar que incide na água e a luz que é refletida. Os dados são depois cruzados com imagens de satélites que orbitam a Terra a 1000km de altitude. O retrato criado pelo cruzamento da informação é uma grande ajuda para os oceanógrafos e restantes entidades envolvidas na monitorização e tratamento das águas do rio Tejo, bem como de outros rios, lagos e mares europeus.
A Lisboat é o parceiro ideal da Universidade de Lisboa por causa das viagens frequentes que realiza ao longo da enseada do rio Tejo, o que permite que os investigadores tenham acesso a uma amostra significativa de dados.
Os resultados preliminares da investigação em Portugal foram apresentados por Giulia Sent na conferência National Copernicus Conference, em Évora, em março.
Na página oficial do projeto CERTO, pode ler-se que “a qualidade da água é um problema mundial que afeta a produção de alimentos, indústria, o meio ambiente, a fertilidade e, finalmente, o bem-estar humano.” O projeto é financiado pela União Europeia ao abrigo do programa Horizon 2020.